A menina me ensina,
Como um velho sábio,
Como um velho sábio,
O quanto sou menino. Adaptado de Alice Ruiz

A uma moça que merece versos
A noite já te faz verso no indeciso soprar da vela.
Peço-te que não esforces no reavivar da chama,
Deixa que queimem quimeras, fumegantes paixões quotidianas,
Restemos apenas nós dois e o tímido amor que somente um ama.
Tal borboletas que (a)traem, frias, as flores,
Perambulei eu entre almas que, de tão moças,
Deram-me de beber bálsamos de falsos amores.
De outras belezas vãs, desfez-se, ali, meu cerne,
Inquieto a pulsar.
E por mais que fugisse a meus olhos tristes,
Enamorada, minh’alma teimava no teu olhar.
Eras tu.
Dessa flor tão recatada jamais me confundiria.
Abundam-se versos de amor, faz-se escassa a elegia.
Ouves tu a natureza?! As liras que ela te canta?!
Atenta cuidadosa a ti!
Onde intentas buscar mais graça, viveza e poesia tanta?!
Eras pálida e de beleza medida.
Esmaecida! Mesmo em face de maior alvura.
E nos olhos tinha tanto! Eram-me, na verdade, um livro.
Páginas, centenas delas em branco.
Lábios rosados. Palpitando ao frio que também senti.
Intocáveis!
Haveria crime mais doce se imprimisse meu nome ali?!
E os cabelos temiam-me as mãos.
Novelos outonais d’onde caíam as folhas que abraçavam o chão.
Dali brotariam meus medos
E todas as sensações que tenho quando te (em)presto atenção.
E no andar, assim como noutros gestos,
Há um não sei quê de doçura,
Quê que emudece o ar.
Talvez um dia tudo se extinga,
Tal a chama que eu mesmo apaguei.
Mas os ventos serão constantes
E as noites sempre virão.
E se acaso te afogue o peito
Saudade de amor que teve
Não apenas deste escrivão,
Segura aos versos que te compus chorando
Em alívio a meu peito,
Ao pesar de meus sonhos.
As flores que te dei um dia
Não têm a mesma melancolia
Dos versos que hoje te dou.
Não te preocupas com rimas.
Peço-te que não esforces no reavivar da chama,
Deixa que queimem quimeras, fumegantes paixões quotidianas,
Restemos apenas nós dois e o tímido amor que somente um ama.
Tal borboletas que (a)traem, frias, as flores,
Perambulei eu entre almas que, de tão moças,
Deram-me de beber bálsamos de falsos amores.
De outras belezas vãs, desfez-se, ali, meu cerne,
Inquieto a pulsar.
E por mais que fugisse a meus olhos tristes,
Enamorada, minh’alma teimava no teu olhar.
Eras tu.
Dessa flor tão recatada jamais me confundiria.
Abundam-se versos de amor, faz-se escassa a elegia.
Ouves tu a natureza?! As liras que ela te canta?!
Atenta cuidadosa a ti!
Onde intentas buscar mais graça, viveza e poesia tanta?!
Eras pálida e de beleza medida.
Esmaecida! Mesmo em face de maior alvura.
E nos olhos tinha tanto! Eram-me, na verdade, um livro.
Páginas, centenas delas em branco.
Lábios rosados. Palpitando ao frio que também senti.
Intocáveis!
Haveria crime mais doce se imprimisse meu nome ali?!
E os cabelos temiam-me as mãos.
Novelos outonais d’onde caíam as folhas que abraçavam o chão.
Dali brotariam meus medos
E todas as sensações que tenho quando te (em)presto atenção.
E no andar, assim como noutros gestos,
Há um não sei quê de doçura,
Quê que emudece o ar.
Talvez um dia tudo se extinga,
Tal a chama que eu mesmo apaguei.
Mas os ventos serão constantes
E as noites sempre virão.
E se acaso te afogue o peito
Saudade de amor que teve
Não apenas deste escrivão,
Segura aos versos que te compus chorando
Em alívio a meu peito,
Ao pesar de meus sonhos.
As flores que te dei um dia
Não têm a mesma melancolia
Dos versos que hoje te dou.
Não te preocupas com rimas.
Meus amores foram sempre impossíveis.
O Guardador de Rebanhos - 17/11/07
5 comentários:
ja estou com saudades de passar o recreio inteiro rindo ctgo e c o lu.
;*
lindo post Jota!
como sempre, palavras profundas xD
já to com saudade :/
beijão
Ah, Jota!
Vontade não me falta de comentar os teus textos, o que realmente me falta é moral e sabedoria. Entretanto deixo aqui a minha humilde adimiração e parabéns por este dom tão precisoso e extraordinário!
I see trees of green,
and red roses too...
And i think to my self,what a wonderful world...
saudades!
Ea florista se perde na curiosidade que não combina mais com ela do que com o poeta.
À quem o amigo escreveu o poema.
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